Em 2022, o estado do Pará arrecadou R$ 2,92 bilhões, ou 41,71% do valor total em impostos com a mineração. Nos próximos anos, receberá US$ 13,9 bilhões de investimentos, o maior entre os estados do Brasil. O estado hoje é líder nacional na produção de minério de ferro e desponta como um forte e grande produtor de cobre em breve.
Enquanto muitas minas de cobre estão em exaustão, as minas do Pará afloram e isso é uma grande vantagem. A tonelada de cobre chegou a ser negociada em mais de US$ 9.000 e atraiu a BHP, maior mineradora diversificada do mundo, para o sul do Pará, e que fez investimentos da ordem de 35 bilhões.
Outros projetos vindouros entram em pauta
O manganês da Buritama Mineração de Marabá receberá investimentos de R$ 1 bilhão nos próximos anos. O minério de ferro da Vale hoje é o melhor do mundo, extraído da região sul do Pará, que contempla inclusive o S11D como líder. Minerais como bauxita, ouro e outros minerais existem no Pará.
Pensando no futuro
É essencial que haja agora no Pará um plano da mineração sustentável, unindo os poderes políticos, governador, deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores, líderes comunitários, entidades científicas, ONG’s , organizações formais, escolas, técnicos e empresas de mineração local. Ou seja todas as partes interessadas (stakeholders) por meio de um comportamento inteligente, harmonioso, maduro, coletivo e de pensamento avante, sistêmico e de diálogo, onde a comunicação bilateral, feedback e o aprimoramento nas relações e iniciativas sustentáveis sejam uma constante das políticas e diretrizes da mineração.
É prioridade modelar um Projeto Estratégico de Mineração Sustentável. Deve-se buscar, então, as experiências de Minas Gerais, o berço nacional da mineração. Colher, aprender, avaliar, copiar o que deu certo e evitar cometer os erros do passado na nova mineração paraense.
Para mim, a mineração, o conceito e perfis integram uma ideia e um universo indivisível, porque os mesmos problemas minerários do sul do Brasil, existem no Norte, Chile, Peru e Austrália. Comunicação, liderança, empatia, estratégias, trabalho em equipe, dedicação e harmonia entre as partes são fatores essenciais.
Temos o privilégio de contar no Brasil com o apoio do IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração, um órgão de extraordinária cooperação em todos os sentidos com a mineração brasileira e sempre disposto a encorajar as mineradoras e atuar com iniciativas exemplares, modernas e altamente responsáveis e sustentáveis. Os profissionais são mestres na aglutinação de iniciativas em prol da mineração brasileira e merecem os nossos aplausos.
O mais indicado é fazer o que estamos fazendo. A nossa missão é levar as pessoas para a mineração e trazer a mineração para as pessoas, em forma de conhecimento. Tratando esse tema como projeto de treinamento, educação e comunicação para a população e partes interessadas.
Falta de conhecimento não é atestado de incompetência.
As causas estão na limitação financeira, falta de oportunidade de aprender, etc. A educação ambiental no eixo das mineradoras para crianças e adultos passa a ser um instrumento estratégico de multiplicar educação e conhecimento.
“O conhecimento e informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento de qualquer país. Os portadores desses recursos são as pessoas.” (Peter Drucke).
Nas diversas conversas que tive com Eliezer Batista, amigo e parente, ouvi nos seus últimos anos de vida: “As mineradoras precisam das pessoas e as pessoas precisam das mineradoras, porque muitas crianças têm os pais empregados nas mineradoras e a educação escolar é sustentada em grande parte pela renda desse emprego”
Fonte : IBRAM , UNIDIS – Mineração em Foco
(*) Rowan Pedro de Araújo é Diretor e vice-presidente dos Conselhos Empresariais de Mineração e Siderurgia e do Agronegócio da ACMinas - Associação Comercial e Empresarial de Minas
Mín. 23° Máx. 40°
Mín. 22° Máx. 39°
Chuvas esparsasMín. 23° Máx. 40°
Tempo nublado