Para o bem ou para o mal, o Brasil vive um momento de mudanças importantes. No noticiário, nas ruas, nas redes sociais o debate é acirrado sobre o futuro do Brasil – que já foi considerado o país do futuro e hoje derrapa nas próprias inconsistências políticas, indecências históricas e crises nos quatro cantos. No radar da macroeconomia, termo impossível e incompreensível para a maioria, taxa de juros elevada, problemas fiscais a serem resolvidos, inflação, previdência, programas sociais, balança comercial, relações internacionais e muito mais. O Brasil é hoje uma incógnita até para os mais otimistas.
Na contramão de tantas incertezas, Canaã dos Carajás, uma pequena cidade de 80 mil habitantes no sul do Pará, segue como uma ilha em estado de exceção no meio de um país tumultuado, que tenta se reerguer de seguidas pancadas.
Diante deste cenário, a pergunta inevitável surge: o que esperar da economia de Canaã dos Carajás em 2023. Por aqui, até os mais pessimistas concordam que a maré é boa, que o futuro é promissor e que Canaã é, de fato, a cidade do futuro. No entanto, é consenso também que de nada adianta falar sobre o futuro sem pensar o próprio presente e que uma maré boa não significa absolutamente nada se o barco em questão não estiver pronto para navegar.
Incapaz de pensar em outra metáfora mais adequada à questão, fico com o clichê do barco pronto para navegar na maré positiva. Cito também a metáfora dos ventos, das velas içadas e do comprometimento da tripulação com a causa como fatores determinantes para a chegada ao destino final.
Em 2023, Canaã deve ter arrecadação recorde. Na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2023, aprovada ano passada, está prevista uma arrecadação de R$ 2,04 bilhões – o terceiro maior faturamento do Pará, só ficando atrás de Belém e Parauapebas.
A mineração vai bem, a Vale emprega milhares diretamente, terceiriza outros milhares de empregos e tudo indica que, num futuro próximo, o município vai se manter assim. É possível dizer até que, ao contrário do resto do Brasil, Canaã vive uma situação de pleno emprego, onde a esmagadora maioria da população está empregada e as oportunidades surgem diariamente.
No entanto, apesar dos ventos favoráveis, é preciso falar do barco. De nada adianta um cenário tão promissor, se o navio que leva a população em direção ao futuro não estiver de velas içadas, com o casco bom e com a tripulação comprometida.
Não me dando ao trabalho de explicar cada uma das metáforas utilizadas por não considerar necessária, acredito que Canaã tem tudo isso e 2023 tende a ser um dos melhores anos da história da nossa economia.
Temos um barco em perfeito estado. Contas sanadas, servidores pagos em dia, situação fiscal confortável e uma gestão que anda servindo de exemplo para as vizinhas – estamos de velas içadas, com corpo técnico extraordinário e a mente aberta para fazer o que é necessário ser feito para garantir um futuro melhor. A tripulação é profissional, dedicada e humana, o que é essencial na hora de lidar com passageiros tão importantes – o povo.
No leme, é importante ressaltar, a importância de um comando atento e motivado. Navegar pelos mares da gestão em direção ao futuro, não é uma tarefa tão simples: requer destreza, estratégia, método e muita, muita paciência. Comandar uma embarcação tão grande e importante não é para qualquer um e nisso andamos muito bem servidos.
O ano de 2023 é dos mais importantes da história. Trata-se um trampolim para o futuro e a gestão de Canaã sabe disso. Para tanto, investimentos gigantescos estão sendo feitos nas mais diversas áreas e obras grandiosas como escolas, o prédio do Samu, novo lago recreativo e parque de exposições.
A previsão é que estas obras gerem milhares de empregos diretos e indiretos em Canaã, durante implantação e, depois com a operação. Empregos geram renda, renda gera consumo, consumo fortalece o comércio e um comércio forte impulsiona o desenvolvimento e a economia de qualquer cidade. Trata-se de uma roda viva em direção à sustentabilidade econômica.
Além de obras, o governo municipal segue investindo em alternativas econômicas, como a agricultura, educação superior e outras tantas importantes áreas. A receita é arquitetar o futuro enquanto se constrói bases sólidas para tanto.
Como cidadão otimista, me arrisco a dizer que são mínimas as chances de Canaã não ser “a cidade do futuro” diante de tudo o que há de positivo.
Sobre 2023, o que esperar? Acredito que o ano é de consolidação. Canaã deve se firmar como o colosso econômico que é e consolidar um modelo de bem-estar social que vem sendo implantado aos poucos.
Sobre problemas, é óbvio que temos. Não somos ainda a “cidade do futuro”, somos a cidade do presente e estamos nos preparando para isso. E é importante dizer que, mesmo quando formos de fato o que estamos destinados a ser, ainda teremos problemas. O mais importante de tudo é como lidamos com as nossas questões, como enfrentamos nossas crises e nossos dilemas e como olhamos para nós mesmos.
O ano será bom e o futuro melhor ainda.
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