Com gingado nas veias e o hip-hop na alma e no coração, a jovem Thalita é a primeira B-Girl do Sul do Pará. De Canaã dos Carajás, Thata não se intimida pelo público ou mesmo pela tradição masculina do ritmo que escolheu para dançar, a qual dedica a sua vida e foca os seus sonhos. Pelo pioneirismo feminino no ritmo e pela dedicação, Thata é um patrimônio de Canaã ainda pouco conhecido pelos próprios canaenses.
A jovem sempre treinou na Praça da Bíblia no bairro Novo Horizonte. Em sua maioria, os colegas de dança eram homens. A dedicação era quase em tempo integral ao hip-hop e os resultados, naturalmente, apareceram.
Thata logo se tornou B-Girl e passou a representar Canaã em festivais por todo o Pará. Um dos mais importantes, o Festival Internacional de Dança Amazônia (FIDA) em 2021. Em alguns festivais, chegou a conquistar os primeiros lugares e encantou por onde passou.
Thata está se consolidando como estrela do hip-hop na região sul e sudeste do Pará. Encantando a todos por onde passa, a jovem domina o ritmo do breaking, que mistura arte e esporte. A cada movimento, uma nova surpresa para o público e um exemplo de naturalidade nos movimentos do corpo.
Na contramão do que é usual, a B-Girl sempre lutou para defender seus ideais artísticos. Sabendo que o hip-hop ainda é considerado um ritmo marginalizado, Thata acredita que o estilo é, na verdade, incompreendido e que se trata, na verdade, de uma expressão artística que precisa ser mais valorizada. Para quem não sabe, o hip-hop exige de seus praticantes tanta disciplina quanto o balé.
Disciplinada, talentosa e pioneira, a 1ª B-Girl do Sul e Sudeste do Pará sonha alto e gasta suor para alcançar os seus sonhos. A partir de 2024, o breaking será esporte olímpico nos Jogos de Paris. Se sonhar grande dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno, não custa nada olhar para o horizonte com o coração cheio de esperança.
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